Acompanhe os desdobramentos teóricos da Quarta Teoria Política, e a forma fundamental que ela se assume no espaço geopolítico russo, o Eurasianismo.
Entenda, assim, como a Rússia vem implodindo, um por um, os paradigmas liberais que compõem o atual imperialismo pós-moderno ocidental, estruturando-se em torno das três ciências eurasianas vitais: a Etnossociologia, a Geopolítica e a Teologia.
Compreenda o nacionalismo erótico dos narodi; a proposta do império schmitteano do “Grande Espaço”, erguido sobre o pensamento deste grande jurista alemão; entenda como a concepção democrática fundada no reino do pós-liberalismo caminha em direção à aniquilação dos povos em benefício da demoníaca elite global a mando do “Príncipe do Mundo”; compreenda as bases metafísicas do verdadeiro sentido conservador, construído sob a primordialidade do ser sobre o tempo, e que determina todo seu caráter de antimaterialismo, enraizamento e ação.
Conheça o poema político eurasiano, o qual vem a despertar as elites intelectuais de seu sono pós-marxista, contra o verdadeiro inimigo liberal.
O que é essencialmente o Ocidente e o Oriente, como percebê-los no mapa ontológico do mundo? O que é a pós-modernidade e o que ela representa para a História? Globalismo, modernização, cultura e identidade, como se relacionam no cenário político atual?
Da Quarta Teoria Política, como crítica definitiva ao mundo do ouro e da usura, e os desafios pós-ideológicos que enfrenta, até sua aplicação e seu destino, afirmado sob uma precisa compreensão do sagrado, passando pelo destino da Rússia e o caráter mítico de sua história contemporânea, o autor Alexander Dugin nos indica, neste livro – apresentado ao publico ibero-americano por seu amigo Alberto Buela – a via última do Conta-ataque definitivo.
"A Rússia, compreendida como civilização, não somente pode, mas deve ter seus próprios valores, diferindo das outras civilizações. Assim, ela tem o pleno direito de estabelecer seu próprio modelo político, social, legal, econômico, cultural e tecnológico, sem preocupação com a reação do Ocidente (nem, a propósito, do Oriente).
Em políticas concretas, esses princípios se tornam o modelo do mundo multipolar. Ainda mais, seus polos se tornam não segmentos do Ocidente Global, que só toma pausa com fim de mais efetivamente construir suas sociedades sob um padrão universal, mas civilizações separadas, reivindicando sua própria compreensão da história, seu próprio tempo histórico (cíclico ou linear), sua própria ontologia, antropologia, sociologia, politologia, seu próprio mundo, que outros podem ou não gostar, embora isso não afete em nada.
Assim nasce a filosofia fundamental da multipolaridade, negando as pretensões do Ocidente à universalidade de seu caminho e convidando os narodi de todo o mundo a buscar não somente os meios do desenvolvimento, mas também definir seus fins e sua direção.
Se a Rússia estabelecesse um tal caminho e reconhecesse a si mesma como civilização (como a esmagadora maioria da população reconhece), isto significa uma cruzada contra o Ocidente, negando sua missão universal, ou seja, rejeitar a modernidade e a pós-modernidade como sua última expressão."